Espetáculo tem direção de Malú Bazan e traz no elenco Antonio Petrin, Oswaldo Mendes, Heitor Goldflus, Roberto Ascar, Cesar Baccan e Marcelo Ullmann
12 e 13 de fevereiro, às 20:30 (Teatro Fernanda Montenegro)
14 e 15 de fevereiro, às 20:30 (Teatro Ademir Rosa)
16 de fevereiro, às 19h (Teatro Elias Angeloni)
“A Pane” é uma comédia ácida sobre a justiça. Hóspede inesperado se transforma em réu de um jogo cruel e divertido em que juiz, promotor, advogado e carrasco aposentados revivem suas profissões. Uma fábula que fala dos nossos dias. No elenco, um encontro de gerações.
Ao chamar de “A Pane” seu conto (depois transformado em teatro), Dürrenmat não estava só pensando na falha mecânica de um Jaguar, que leva o protagonista a uma situação inesperada. A pane também diz respeito a este nosso mundo, repleto de imperfeições e catástrofes, de falhas da Justiça, de culpas e desculpas. Dürrenmat é daqueles autores que divertem e dão o que pensar.
A situação é inusitada. Um jogo em que velhos e octogenários juristas aposentados encenam suas antigas ocupações e, como diz o juiz anfitrião, agora não mais presos “a formas, protocolos, leis e todo o entulho inútil dos tribunais”. Neste jogo eles enredam um próspero representante comercial. Qual o seu crime? Não importa: “crime é algo que sempre se pode encontrar”.
Ao brincar de tribunal, os personagens nos fazem questionar o conceito de justiça, o sistema de Justiça, e este nosso mundo “de inocentes com culpa e culpados sem culpa”. A encenação reúne atores de várias gerações, para falar, não de uma história antiga, mas de “uma história ainda possível”, como o autor a qualifica.
Após uma suspensão de quase dois anos em razão da pandemia o espetáculo volta com força total, mostrando a intensidade e alegria de fazer arte desse potente elenco de atores de terceira idade que representam a história do nosso teatro!
Sobre o autor
Dürrenmatt (Konolfingen, 5 de janeiro de 1921 — Neuchâtel, 14 de dezembro de 1990) foi um escritor suíço. Embora possua grande fama por sua obra como dramaturgo foi também um prolífico contista e romancista.
Politicamente ativo, o autor escreveu dramas vanguardistas, profundos romances policiais, e algumas sátiras macabras. Um de seus principais bordões era: “Uma história não está terminada até que algo tenha dado extremamente errado”.
Como Brecht, Dürrenmatt explorou as vertentes do teatro épico. Suas peças visavam envolver o público a um debate teórico, e não somente ser entretenimento puramente passivo.
Como Brecht, Dürrenmatt explorou as vertentes do teatro épico. Suas peças visavam envolver o público a um debate teórico, e não somente ser entretenimento puramente passivo.
Quando tinha 26 anos, sua primeira peça, “Está Escrito”, (em alemão “Es steht geschrieben”), estreou causando grande controvérsia. A história da peça se passa em torno de uma batalha entre um cínico obcecado pelo sucesso e um religioso fanático que leva as escrituras ao pé da letra, tudo isto acontecendo enquanto a cidade em que vivem está cercada. A noite de estréia da peça, em abril de 1947, causou confusão e protestos por parte do público.
Na década de 50, com o conto “A Pane”, chegou ao que muitos consideram o auge de sua capacidade estilística e narrativa.
Morreu em 1990, considerado como um dos grandes narradores e dramaturgos de sua geração.
Elenco:
Antonio Petrin
Cesar Baccan
Heitor Goldflus
Marcelo Ullmann
Oswaldo Mendes
Roberto Ascar
Texto: Friedrich Dürrenmatt
Tradução: Diego Viana
Direção: Malú Bazán
Concepção cenográfica: Anne Cerutti e Malú Bazán
Figurino: Anne Cerutti
Assistente de figurino e cenário: Adriana Barreto
Cenotécnico: Douglas Caldas
Desenho de luz: Wagner Pinto
Música Original: Dan Maia
Operador de luz: Gabriel Greghi
Operador de som: Rodrigo Papa
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Visagismo: Dhiego Durso
Programador Visual: Rafael Oliveira
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Assistente de Produção: Rebeca Oliveira
Produção: Kavaná Produções e Baccan Produções
A Pane, de Friedrich Dürrenmatt, fala do mundo jurídico sem ser chato
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